quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Ser feliz sozinha é muito fácil

Eu acho fácil demais ser feliz sozinha.

Pra mim difícil, difícil mesmo, é ser totalmente feliz ao lado de outra pessoa.

Sozinha você vive num mundo de escolhas feitas só por você e para você. Sozinha, você não precisa pensar demais em nada, nem em ninguém. E egoísmo é apenas a definição da sua única saída, da sua única solução. Sozinha, você tem apenas suas duas pernas, sua cabeça e seu coração. Você tem só a sua vida em suas mãos.

Quando alguém te acompanha, você adquire novas pernas, outros olhos e mais um coração, que depende de você para continuar batendo. Ignorar a aquisição desses novos membros é o famoso e real egoísmo. Tê-los, aceitá-los e sorrir, não apesar deles, mas por causa deles, é ser feliz. É ter a certeza de que eles te acrescentam e te completam. As pernas tem mantém de pé e podem te ajudar a caminhar mais depressa; os olhos te fazem ver sob outro ângulo; seus pensamentos são acrescidos de valor pelo novo cérebro e fica por conta do segundo coração a aceleração de seus batimentos cardíacos.

Eu acho fácil demais ser feliz sozinha. Difícil, difícil mesmo, é ser feliz ao lado de outra pessoa. E eu sou apaixonada pelo difícil..

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

'Superficiale'


Superficial. Adjetivo, do latim superficiale, que existe apenas à superfície, desprovido de profundeza. 

É tudo tão superficial. São todos tão superficiais. Mal sabe o mundo de hoje que, nas profundezas, de atitudes, pensamentos e sentimentos, é possível encontrar as melhores soluções, os melhores resultados e aprendizados inigualáveis.

Por que será que a superficialidade é tão valorizada a ponto de ser aprendida, enquanto deveria ser repreendida?

Não podemos evitar que existam coisas e pessoas assim, apenas à superfície. Do mesmo modo, não podemos permitir que façam parte desse bando pessoas que não pertencem à ele. 

Assim como você, eu também acreditava que alguém superficial nasceu assim, bizarro, e vai morrer assim, bizarro. Descobri, porém, que algumas pessoas, por não saberem lidar com a profundidade, preferem tentar ser superficiais (e que esforço elas fazem pra isso!). Não conseguem.

Não conseguem por que, o que essas pessoas não sabem, é que ainda existem outras pessoas, componentes da minoria não superficial, capazes de enxergar, antes das caras, os corações; capazes de enxergar a verdade dos que fogem das maravilhas da profundidade e capazes, também, tentar fazê-los conhecer essa verdade e, mais do que isso, acreditar nela.


domingo, 22 de dezembro de 2013

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É incrível: quando o tempo esfria entre nós, nuvens cinzas aparecem no céu  e um vento insuportável me arrepia, me faz querer entrar nas cobertas e não sair mais de lá. 

É incrível a minha capacidade idiota de me sentir mal quando você está mal, de ter medo quando você está com medo, de sentir dor quanto te dói alguma coisa.. Fico me perguntando se isso vai durar tanto quanto a minha paciência para lidar com tal complexidade.

Nunca desejei tanto uma mão no meu cabelo ou cinco minutos a mais de filme. Nunca quis tanto que o final de ano não chegasse (por que, com ele, pode ser que chegue a saudade). Nunca quis tanto fazer tanto bem a alguém. 
Querer te fazer bem. Taí. Pode ser que esse seja meu pecado, meu defeito. Pode ser.. 

No nosso livro, não sei se a história é faz de conta ou é faz acontecer.
Nosso livro faz estilo Saramago: não tem vírgulas, pontos e vírgulas, reticências.. Pode ser que ele não tenha – surpreenda-se! – ponto final.
Pode ser.. 

Pode ser que, no nosso livro, a história seja contada de trás pra frente.

"Minha vida é uma boa vida de qualquer jeito. O que eu tenho basta. Mas quando você está sozinho, você vive num mundo de escolhas suas e eu escolho você. Então, estou deixando em suas mãos se aproximar." | In Your Hands, Jason Mraz.