sábado, 11 de janeiro de 2014

Regime

Eu quero a sorte
De um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida (...)

Se você se espanta com aquelas pessoas que já são magras, mas estão sempre de regime, você ainda não conheceu ninguém que é amado, mas escolhe não ingerir o amor.

'Estou de regime de amor'.

Fazemos regime para evitar doenças; quando uma ocasião importante se aproxima; para elevar a autoestima; para agradar nossos respecticos ... Fico curiosa, então, para saber qual seria a razão de fazer esse tal regime de amor.

'Vou cortar o amor do cardápio'.

Quando cortamos um doce do qual somos fãs, ele nos faz falta ... Sem chocolate, chegamos até a ficar mal humorados ... Por que será que seria diferente se eliminássemos o amor do nosso dia a dia? Onde está a justificativa para corrermos do amor?

Algumas pessoas quase costuram suas bocas, por que, no extremo da realização do regime, está o medo. Medo de não ser feliz, medo de não se adequar a sociedade, medo de não viver como o desejado.

No extremo da fuga do amor também deve existir medo - aliás, amar da medo! - mas é nossa a escolha entre pegar a agulha e a linha e dar alguns pontinhos no peito ou aceitar a intensidade do amor e, se der medo, amar com medo mesmo.