O sol que apareceu hoje foi embora com pressa, sem me deixar
despedir direito... Não pôde nem ficar pro almoço, mas conseguiu comer os ovos mexidos
que lhe fiz no café.
Quando ele entrou no elevador quis correr atrás dele,
esconder as chaves do carro, enchê-lo com todos os beijos que eu achei que faltaram
ao longo do pequeno pedacinho da manhã que ele tirou pra me aquecer... Ficamos eu
e as nuvens, cheias de água.
O sol que aparece pra mim é diferente do sol que aparece pra qualquer outra pessoa. Meu sol é só meu.
Só eu sei quantos raios ele tem, em qual
temperatura ele funciona melhor, quais são os dias que ele não tá muito afim de
brilhar e a capacidade que ele tem de brilhar mais todos os outros sóis. Só eu sei em quais nuvens ele prefere se esconder e quais ele prefere deixar pra
mim. Só eu sei perceber os momentos em que ele preferiria ser chuva ao invés de
ser sol.
Ele ainda não acredita muito nessa história de eu realmente saber. E
eu nunca vou conhecer todos os trezentos e sessenta graus do meu sol. Ainda
bem! Ainda bem que ele faz jus ao astro que é e está sempre em constante
movimento. Mas ainda bem, também, que ele mantém características. Mantém características que me deixam apaixonada todos os dias e a cada dia mais. Características
que, muitas vezes me fazem dormir melhor, mas algumas vezes me tiram o sono, me deixam cuidadosa, fazem com que eu me preocupe com soluções para que, no dia que chega, ele substitua as estrelas lindamente e continue reinando no centro do meu sistema solar.
Esse é meu lugar, agora. Meu lugar ao sol.
Esse é meu lugar, agora. Meu lugar ao sol.
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