Surpreenda-se com o prazer de muitas pessoas em prejudicar
as outras.
O trabalho em equipe não existe mais. Foi substituído pelo
egoísmo, pelo desejo de ganhar sempre, de estar sempre à frente. As conversas
inteligentes se esvaíram. É tudo uma grande massa de fofoca, acrescida de
insinuações e constatações sem fundamento. As tentativas de ajudar o próximo foram
para o lixo junto com a solidariedade. A graça é parar para assistir a um
acidente; é ser o que hoje chamam de “cinegrafista amador” de alguma tragédia,
ao invés de ser o cara que pode impedir uma injustiça; é gostar de saber dos
índices de violência, mas ignorar assuntos que favoreçam a paz e a longevidade.
Essas pessoas não conseguem
mais sorrir ao ver os outros sorrirem, não conseguem mais estender a mão, não
conseguem mais entender a importância de um por favor e de um obrigada, muito
menos de um bom dia, de conhecer alguém pelo nome.
A humanidade tem ficado esquecida...
Parecemos ser tão
evoluídos, tão cheios de máquinas, nossa ciência tem tanto progresso...
Mas quando será que paramos de fabricar seres humanos?
Quando paramos de nos lembrar, todos os dias de manhã, o que é, realmente, ser
humano?
Minha esperança é a última que morre. A esperança de que, os
que não fazem parte dessa massa, os que não representam o que chego à
considerar “fim da aventura humana na terra”, também não deixem a esperança
morrer... Quem sabe assim recuperamos a consciência que nos é
fundamental: a consciência de que somos homos sapiens, homens sábios. A
consciência do que é ser, ipsis litteris, humano.
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