quarta-feira, 21 de maio de 2014

O prazer do prejuízo


Surpreenda-se com o prazer de muitas pessoas em prejudicar as outras.

O trabalho em equipe não existe mais. Foi substituído pelo egoísmo, pelo desejo de ganhar sempre, de estar sempre à frente. As conversas inteligentes se esvaíram. É tudo uma grande massa de fofoca, acrescida de insinuações e constatações sem fundamento. As tentativas de ajudar o próximo foram para o lixo junto com a solidariedade. A graça é parar para assistir a um acidente; é ser o que hoje chamam de “cinegrafista amador” de alguma tragédia, ao invés de ser o cara que pode impedir uma injustiça; é gostar de saber dos índices de violência, mas ignorar assuntos que favoreçam a paz e a longevidade.

Essas pessoas não conseguem mais sorrir ao ver os outros sorrirem, não conseguem mais estender a mão, não conseguem mais entender a importância de um por favor e de um obrigada, muito menos de um bom dia, de conhecer alguém pelo nome.

A humanidade tem ficado esquecida...
Parecemos ser tão evoluídos, tão cheios de máquinas, nossa ciência tem tanto progresso... 

Mas quando será que paramos de fabricar seres humanos?
Quando paramos de nos lembrar, todos os dias de manhã, o que é, realmente, ser humano?

Minha esperança é a última que morre. A esperança de que, os que não fazem parte dessa massa, os que não representam o que chego à considerar “fim da aventura humana na terra”, também não deixem a esperança morrer... Quem sabe assim recuperamos a consciência que nos é fundamental: a consciência de que somos homos sapiens, homens sábios. A consciência do que é ser, ipsis litteris, humano.










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