Apesar de saber o quanto é chato, não fujo da regra: muitas
vezes incluo os mesmos acontecimentos e as mesmas pessoas em diversas pautas do
meu dia. Por considerar isso um problema, combinei com algumas amigas de nos
chamarmos atenção quando acontecer. Eu a delas. Elas a minha. Funciona.
Defendo, brevemente, a diversificação dos assuntos. Homens,
falem menos sobre mulheres e partidas de futebol. Mulheres, falem menos sobre
homens, sapatos e cores de esmalte.
Diversifiquemos e desfutilizemos nossas conversas,
sempre que for possível.
Não defendo conversas monótonas, que incluam filósofos
socráticos, bulas de remédio, palavras difíceis ou livros inteligentes. Além
disso, não defendo (de maneira alguma!) deixarmos de falar sobre essas coisas "fúteis", que, por vezes, até geram conversas interessantes.
Apenas defendo
falarmos menos sobre isso; sabermos até que ponto é necessário abordarmos esses assuntos e com quais pessoas podemos debater outros tópicos.
Defendo a partilha de experiências e
opiniões. Recentemente concluí que essa partilha é uma das melhores
maneiras de se conhecer alguém além do superficial e de construir amizades.
Falemos mais sobre saber viver e ser feliz; discutamos sobre
os supostos erros e acertos dos seres humanos; pautemos nossos objetivos
presentes e futuros; critiquemos, com fervor, todas as coisas que acreditamos
poder melhorar.
Não deixemos de falar, apenas falemos menos.
Vale o esforço de procurarmos assuntos mais abrangentes e
inovadores. Muitas vezes eles nos fazem
refletir. Vale estar aberto para ouvir teses diferentes das nossas. Muitas
vezes elas nos fazem crescer.
(Imagens: Norman Rochwell)
Nenhum comentário:
Postar um comentário