sábado, 23 de março de 2013

Covardia Sentimental



"E por mais que lidemos com esse sentimento como se fosse um paletó dois números acima do nosso, apenas ele e tão somente ele, o amor, nos faz humanos". (Gabriel García Márquez)


Por um motivo que não vem ao caso, demorei para pegar no sono e minha estranha mania de me apegar a uma palavra e ao seu forte significado colaborou com a insônia. 

Covardia. Esse foi o termo da vez. 

Não sou apta para julgar aqueles que recuam ante perigo, mesmo por que,  às vezes a melhor opção é recuar. Logo, não pretendo abordar a covardia em seu sentido amplo. 
Nesta tarde nublada de sábado, quero comentar do modo mais leve possível, o que defino como ‘covardia sentimental’. Um tanto intensa, não entendo como alguém foge dos verdadeiros sentimentos, como alguém evita viver um grande amor por medo ou por mera acomodação .. Tento entender, mas, mesmo com muito esforço, a compreensão nunca é total. Encontro um motivo aqui, outro ali, e sempre me pego pensando: puta que pariu, que covardia ! 

Pode ser que a coragem para lidar com sentimentos bonitos e profundos te deixe de cara no chão, mas também pode ser que ela te faça viver os momentos mais felizes de sua vida. Ninguém pode lhe dizer o que vai acontecer. E você só vai saber se tentar. 

Não me esforço para ser corajosa a ponto de reagir a um assalto, matar uma barata ou alimentar um leão faminto, porém, em relação aos sentimentos,  mais especificamente ao amor, travo uma batalha diária contra a covardia.
Prefiro chorar pelo leite derramado e ter saboreado, ao menos, um gole, do que nem colocá-lo na caneca, com medo das consequências. 
Realmente: pode ser que eu chore. Mas quem garante que eu não vá sorrir?

Um brinde à coragem para viver e sentir ! Um brinde ao esforço diário para não ser mais um integrante do grupo dos covardes sentimentais.

Tim Tim !






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