sábado, 9 de março de 2013

Finais de Semana, literalmente

Sexta feira, 1º de março.
     Uma sexta feira que, tão agradável e rapidamente se tornou sábado. Uma sexta feira diferente, baseada em minhas próprias opções e decisões, na qual eu fui independente por natureza e dependente por opção. Opção do coração.
     Nesta sexta feira, fui dormir quando já estava claro. Antes estava ocupada demais. Vivendo. Não perdi tempo e tampouco horas de sono. Apenas vivi
Fazia frio, mas nem me importei. Deixei as horas passarem sem notá-las.
     O sábado chegou e o frio permanecia. Ao olhar o céu, constatei que já era dia. As luzes da rua já estava apagadas e era possível ver cada gota de orvalho no capô dos carros parados no estacionamento. Peguei a Marginal, rumo ao metrô (e à saudade). As pessoas corriam de um lado para o outro quando, depois de vinte minutos com a cabeça nas nuvens, entrei no vagão. No caminho para casa, eu sorri. Sorri por que vivi. Sorri por que já era sábado.

A semana passou como um raio.
     Outra sexta feira chegou e tudo o que eu fiz foi dormir. Confesso que menos do que queria. Em pouco mais de quatro horas de sono, o sábado chegou. Pulei da cama, não por desejo, mas por obrigação, uma obrigação ainda gostosa de ir trabalhar. Acordei o moço reponsável por apertar os botões das portas que me jogam no mundo todos os dias. Senti pena ao bater no vidro e quase matá-lo do coração, mas passou. 
     Ainda era noite quando eu saí e enfrentei o sistema metroviário de todos os dias. Ainda era noite quando embarquei no ônibus que me traria até onde estou agora, percorrendo novamente a Marginal, porém, em outro sentido.
     Ainda era noite quando passei meu crachá pela catraca e peguei um café na máquina. Agora o céu já está claro, mas minha cabeça não está nas nuvens, como estava nesta mesma hora, há uma semana atrás. Comecei o dia com os pés no chão. Não tive outra opção...

Nenhum comentário:

Postar um comentário