A segunda-feira útil acabou e estava no caminho de casa ouvindo uma sequência da banda Coldplay, na qual eles, mais ou menos, desejavam que Deus colocasse um sorriso em meu rosto e, minutos depois, me
diziam que quando ela era apenas uma garota, ela esperava o mundo e sonhava com
o paraíso. Além de me lembrarem o quanto era significativo ser uma linda rosa
vermelha saindo do concreto. Não sou a maior fã de Coldplay, mas não nego que a
volta para casa se tornou bem mais agradável com os pensamentos que suas letras e melodias ocasionaram. Até o início dessa noite nem havia cogitado escrever por aqui hoje. Mudei de ideia.
Conforme o momento de minha vida sou muito atraída por
alguns termos do dicionário português. Um deles é o termo “equação”: na
matemática, uma simples (às vezes nem tanto) fórmula de igualdade entre duas
quantidades. Para nós, meros mortais, uma dúvida; algo que envolva uma
incógnita, um x ou um y; um problema com soluções complexas, que pode até
dar dores de cabeça e nos tirar uma noite de sono.
Ao longo do dia, não importa se somos mais racionais ou mais emocionais,
todos construímos, destruímos e solucionamos equações. Aquelas com uma variável
só ou aquelas com mil variáveis. Estamos sempre abertos às equações e mesmo contra nossa vontade elas aparecem, nas horas mais indesejadas, nos
momentos mais imprecisos e... Aqui estão elas, novamente. O X no meio do sentimento
mais intenso. O Y que passa a ser obstáculo na elaboração de projetos
inéditos. Ninguém precisa ser Albert Einstein para entender esse vai e
vem de letrinhas.
Aqui entra meu lado positivo de viver. Na minha opinião, é um gênio de
marca maior aquele que aceita o fato de as equações fazerem parte do nosso cotidiano, que busca elaborá-las, mas que também busca solucioná-las. Me esforço todos os dias para aprender com esses gênios, inteiramente admirados por mim. Eles são os melhores professores de matemática que um ser humano pode ter. Ah ! E todo mundo tem pelo menos um, basta prestar atenção.
O pouco que já absorvi fez de mim uma pessoa melhor, que consegue
levar (quase) tudo mais numa boa. Com esses professores, entendi que todo sinal de igual
só pode ser aplicado à uma equação quando você realiza escolhas e que, por mais
difícil que seja escolher, as consequências são sempre válidas.
Aliás, quando a
escolha é certa.. Que consequências deliciosas temos o prazer de desfrutar! E, que fique registrado: quanto mais dedicação na hora de escolher, mais chances de fazer a escolha
certa.
Aprendi, também, que a igualdade não vai ser determinada e que a escolha
não vai ser realizada se não houver fé. Não sei e não quero saber em que Deus
você acredita ou “no quê” você acredita. Mas acredite. Se agarre à alguma coisa
que te faça bem, que te traga esperanças.
Que palavra linda esperança, não?
Vejo que meus mestres, depois de realizarem escolhas,
esboçarem a equação e adicionarem um pouquinho de fé, fazem questão de se lembrar que só devem levar com eles o que foi bom. Tento fazer igual. Por
conta própria, me esforço para me preocupar só com aquilo que é realmente
preocupante e mais ainda para ignorar aquilo que deve ser ignorado. Basta !
Que Deus coloque um sorriso em meu
rosto, que eu consiga ser apenas uma garota desejando o mundo e vivendo num paraíso; e que eu brote do concreto na forma de uma linda rosa.
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